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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Saudade é o amor que fica





Como educador muitas vezes me vi desencantado, não com a educação, mas com a burocratização que nos transformam em meros reprodutores de uma sociedade adoecida e decadente.
O desencanto, que parece ser negativo, tem uma força que nos impele para o novo e o meu mais eficaz alimento é o contágio que percebo em alguns poucos alunos e alunas com os quais tenho convivido ao longo desses anos.
O mais inebriante veio em forma de despedida antecipada, promovido pelos companheiros/as do 2ª1 do CNSG no fim de 2010 e pelos contatos diversos com as outras turmas A2, A3, A4 e A5, todas muito importantes em suas características específicas.
A Heloisa Sá, de forma emotiva, que é a forma dela, toda emoção disfarçada de razão, afirmava de forma contagiante que a convivência nos faz diluir no outro, onde nos tornamos alimento e ao mesmo tempo nos alimentamos de quem nos degluta.
Hoje me sinto cada vez mais vivo, creio que é o efeito positivo de carregar dentro de mim a presença de todos aqueles que comungaram comigo enquanto isso nos era possível. Saudades de todos vocês....

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